segunda-feira, 7 de julho de 2014

O que trouxe de novo o Papa Francisco; a família em crise; a Máfia; viver e aprender

Crónicas

Nas suas últimas duas crónicas no Público, frei Bento Domingues pergunta O que trouxe de novo o Papa Francisco?:

Eleito Papa, o cardeal Bergoglio escolheu o nome de Francisco, o de Assis. Esta escolha encerra o seu programa. Optou pelos pobres nas diferentes periferias do mundo: geográficas, sociais, culturais e existenciais.

O empenhamento dessacralizador do novo hóspede da Casa de Santa Marta põe em causa costumes, alguns muito radicados no decurso da história da Igreja, mas que não têm ligação directa ao núcleo de Evangelho. Diz a mesma coisa de normas ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras épocas, mas já não são canais de vida. Não tenhamos medo de os rever! (...)
Esperemos que o irrequieto Bergoglio continue a desassossegar as Igrejas, as religiões, a banca, as sociedades, os governos para que se coloquem ao serviço da justiça.  
(os textos destas duas crónicas estão disponíveis aqui e também aqui)


fr. Stephen, de Taizé, Círculos de Silêncio 
(ilustração reproduzida daqui)


No DN de sábado, Anselmo Borges dedica o seu texto ao tema Família em crise, desejo de família, referindo-se ao Instrumento de Trabalho preparatório do Sínodo dos Bispos do próximo Outono:

Embora se dirija directamente aos católicos e no quadro do pensar católico, o documento é mais abrangente, mesmo quando apresenta razões da crise da família e, mais concretamente, da moral familiar. Referindo as respostas recebidas, diz: “Existe unanimidade também no que se refere aos motivos de fundo das dificuldades, quando se trata de acolher os ensinamentos da Igreja” (...)
E lá está a constatação: apesar da crise, há testemunhos significativos nos quais "se manifesta claramente, sobretudo nas novas gerações, um renovado desejo de família".
(o tema será retomado no próximo sábado; este primeiro texto está disponível aqui)


Fernando Calado Rodrigues toma o mesmo ponto de partida para falar especificamente sobre a questão dos divorciados que voltaram a casar:
Em relação aos divorciados a viverem uma nova união, dá-se conta do pedido vindo sobretudo da Europa e da América para que possam “receber os sacramentos”. Ou, então, que à semelhança do que acontece em determinadas Igrejas ortodoxas, se abra “o caminho para um segundo ou terceiro matrimónio, com carácter penitencial”. Também se refere que alguns pedem que se esclareça se “a questão é de índole doutrinal ou apenas disciplinar”.
(texto completo disponível aqui)

Na semana anterior, a crónica era dedicada ao tema da Máfia excomungada:
Apesar de o crime organizado não ter em Portugal a dimensão italiana, não faltam “mafiazinhas” que pervertem regras e prejudicam quem não lhes pertence. Seria bom que a Igreja portuguesa não se acobardasse perante elas e contribuísse para acordar as consciências.
(texto completo disponível aqui)


No comentário aos textos bíblicos da liturgia católica de domingo passado, Vítor Gonçalves escrevia sobre Viver e aprender:
Viver é também aprender. Triste de quem “arruma as botas” antes do tempo, e reduz a sua vida a hábitos ou rotinas vazias, a “passatempos” que não fazem crescer a alma, a lamber feridas que só a coragem de enfrentar novos desafios pode curar. O encontro com Jesus Cristo liberta de todo o fatalismo e inaugura um dinamismo que nunca mais acaba. O fado torna-se então alegria de viver. Viver a aprender!
(texto completo disponível aqui)

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