sábado, 3 de outubro de 2009

"Quando a Igreja alemã excomungou o nazismo"

Alguns documentos encontrados na Alemanha pela Pave the Way Foundation (PTWF) provam que, desde Setembro de 1930, os bispos católicos tinham excomungado o Partido Nazi de Hitler, segundo um artigo divulgado esta quinta-feira pela agência Zenit.
O texto, da autoria de Antonio Gaspari

Nos documentos achados por Michael Hesemann, colaborador da PTWF, consta que, em Setembro de 1930, três anos antes de Adolf Hitler subir ao poder, a arquidiocese de Mogúncia condenou de forma pública o Partido Nazi, proibindo aos católicos "inscrever-se nas fileiras do Partido Nacional-Socialista de Hitler".
"Aos membros do partido hitleriano não era permitido participar em funerais ou outras celebrações católicas similares." "Enquanto um católico estivesse inscrito no partido hitleriano, não podia ser admitido aos sacramentos."
A denúncia da arquidiocese de Mogúncia foi publicada na primeira página pelo L'Osservatore Romano, em um artigo de 11 de outubro de 1930 e nele se declarava a incompatibilidade da fé católica com o nacional-socialismo.
Posições análogas foram assumidas no ano seguinte pelas dioceses de Munique e de Colónia, de Parderborn e das províncias de Renânia.

Segundo os documentos agora tornados públicos, "indignados e furiosos pela excomunhão emitida pela Igreja Católica, os nazis enviaram Hermann Göring a Roma com a petição de audiência com o secretário de Estado Eugenio Pacelli. No dia 30 de Abril de 1931, o cardeal Pacelli rejeitou encontrar-se com Göring, que foi recebido pelo subsecretário, Dom Giuseppe Pizzardo, que tinha a tarefa de anotar tudo o que os nazis pediam".
Em Agosto de 1932, a Igreja Católica excomungou todos os dirigentes do Partido Nazi. Entre os princípios anticristãos denunciados como hereges, a Igreja mencionava explicitamente as teorias étnicas e o racismo.

Quando em Janeiro de 1933 Hitler chegou ao poder, as associações católicas alemãs difundiram um folheto intitulado: "Um convite sério em um momento grave", no qual consideravam a vitória do Partido Nacional-Socialista como "um desastre" para o povo e para a nação.

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